Santo smartphone. Na África, celulares estão sendo usados como aparelhos de ultrassom e ajudando a salvar vidas e melhorar a qualidade de vida de muita gente. Em muitas aldeias africanas, como a zona rural de Uganda, as pessoas nunca sequer passaram por esse tipo de exame. Nessas regiões remotas, uma máquina de raio-X pode estar a horas de distância e os únicos aparelhos de tomografia ou ressonância magnética ficam restritos à capital do país. Mas agora, com uma invenção que pretende revolucionar a medicina mundial, é possível fazer um diagnóstico de imagem preciso e reduzir drasticamente o número de mortes. O aparelho de ultrassom manual tem aproximadamente o tamanho de um barbeador elétrico. Conectado ao celular, um aplicativo mostra as imagens para análise médica em tempo real. O médico pode então identificar todos os órgãos, vasos sanguíneos, válvulas e outros componentes do corpo – e, ao mesmo tempo, reconhecer tumores e outras doenças como a pneumonia, por exemplo. Dois terços da população mundial não têm acesso a nenhum tipo de imagem. A ideia é oferecer a médicos e enfermeiras de todo o mundo um dispositivo portátil de última geração que custa infinitamente menos que um equipamento médico tradicional. O ultrassom portátil é vendido nos Estados Unidos por dois mil dólares; cerca de oito mil reais.