A Festo, uma empresa especializada em automação industrial apresentou na última semana, durante evento para jornalistas em São Paulo, dois protótipos robóticos e cuja tecnologia reproduz o movimento dos animais. Com isso, eles conseguem realizar tarefas cotidianas em fábricas, como segurar, movimentar, posicionar produtos e controlar processos. 

Os robôs foram desenvolvidos por uma divisão da companhia chamada Bionics Learning Network. Ela estuda os movimentos dos animais e aprende com eles para desenvolver equipamentos que podem ser utilizados para facilitar o dia a dia na indústria.

No evento, a companhia apresentou o Air Jelly, um robô inspirado no movimento das águas-vivas e que  desliza pelo ar com a ajuda de seu atuador elétrico central e de um sistema mecânico inteligente. Este Bionic é controlado remotamente e mantido no ar por um balão cheio de gás hélio. Sua única fonte de energia são duas baterias de polímero de íon-lítio conectadas ao atuador elétrico central. Ele poderá ser usado, por exemplo, no monitoramento de lavouras e transportar peças dentro de uma fábrica. 

Já as eMotion Butterflies são borboletas artificiais que, para serem mais próximas da realidade quanto possível, apresentam uma eletrônica altamente integrada. Elas são capazes de ativar as asas individualmente, e assim, implementar os movimentos rapidamente. O sistema que dá origem ao robô foi pensado para realizar movimentações autônomas. Os sensores conversam com câmeras ao seu redor e, dessa forma, um carro autônomo, por exemplo, consegue desviar de obstáculos sem o auxílio de qualquer tipo de controle externo. 

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Ainda que algumas das tecnologias implementadas nos Bionics não virem uma aplicação na indústria, o conceito aprendido com ele pode virar um produto que, uma vez desenvolvido, pode ser vendido para outras empresas, bem como a patente, que pode ser aplicada em outro tipo de indústria.