Os resultados financeiros da LG para o segundo trimestre deste ano chegaram e trouxeram algumas boas notícias para empresa sul-coreana. Suas vendas cresceram 3,2% em relação ao mesmo período do ano passado, e seu lucro operacional subiu 16,1% nesse mesmo intervalo, rendendo o equivalente a 715 milhões de dólares para a marca. Mas não graças à sua divisão de dispositivos móveis, que registrou um prejuízo de quase 172 milhões de dólares no trimestre – mais um resultado ruim para a conta do problemático segmento.

O setor vem acumulando prejuízos desde o segundo trimestre de 2015. De lá para cá, os smartphones renderam ganhos para a LG apenas no primeiro trimestre do ano passado, com a chegada do G6 – e ainda assim, foram ínfimos em relação às outras áreas.

publicidade

A empresa sul-coreana atribuiu os prejuízos deste trimestre a uma desaceleração no mercado de celulares no mundo todo e também a uma queda nas vendas dos modelos de entrada e intermediários na América Latina. O cenário global, no entanto, já apresentou sinais de melhora no primeiro trimestre de 2018, segundo a consultoria Gartner.

A perspectiva da LG, ainda assim, não é das mais otimistas, e a companhia espera ver a concorrência aos topos de linha G7 e V35 crescer no segundo semestre deste ano. Uma reestruturação não parece estar descartada, com a própria marca dando indícios em seu comunicado oficial de que vai fazer algo do tipo. Ela não seria a primeira a fazer isso: a Sony, que que também tem problemas com sua divisão mobile, cortou boa parte da área em 2016 e conseguiu conter um pouco os enormes prejuízos.

publicidade

De toda forma, o trimestre da empresa não foi de todo negativo. O bom resultado geral da LG foi puxado pelos bons números das divisões de eletrodomésticos e de produtos para “entretenimento doméstico” – TVs e aparelhos de som.

A primeira rendeu à empresa um lucro operacional de mais de 424 milhões de dólares (aumento de 1,7% em relação ao segundo trimestre de 2018), graças às boas vendas de ar-condicionado no período de verão no hemisfério norte. Já a segunda viu ganhos de 377,4 milhões de dólares (aumento de 44,1%), garantidos pelas boas vendas das TVs OLED e 4K da marca – que ainda é uma das principais fabricantes dos produtos no mundo.