Uma pesquisa da Universidade de Pennsylvania que utilizará tecnologias de edição genética em seres humanos vivos para ajudar em tratamentos de câncer está sendo custeada por Sean Parker, um bilionário com participação em diversos sites e serviços da internet. Parker doou um total de US$ 250 milhões para o projeto. 

De acordo com o MIT Technology Review, Parker foi o primeiro presidente do Facebook, além de ser o fundador do serviço de compartilhamento de músicas Napster. O executivo, no entanto, começou sua carreira como uma espécie de hacker, e já chegou a ter problemas com o FBI.

publicidade

Em abril de 2016, ele realizou seis doações de US$ 250 milhões cada, uma das quais foi para a pesquisa da Universidade de Pennsylvania, a que ele se referiu coo sendo um “projeto Manhattan para curar câncer”. Além de custear a pesquisa, Parker também propõe que as patentes de tecnologia e medicina criadas por meio do estudo fiquem disponíveis para outras universidades e centros de pesquisa.

A pesquisa

publicidade

A ideia proposta pela Universidade de Pennsylvania é utilizar a tecnologia CRISPR de edição genética para modificar as células T do sistema imunológico de pacientes de câner. As células T modificadas seriam melhores em combater três diferentes tipos de câncer: mielomas, melanomas e sarcomas.

Parker disse pensar nas células T do sistema imunológico “como pequenos computadores” que podem ser reprogramados para realizar determinadas tarefas com mais precisão. Métodos semelhantes já foram testados, com sucesso, em pacientes que sofriam de leucemia; a ideia do executivo, no entanto, é estender essa técnica para tratar outros tipos de câncer.

publicidade

O tratamento envolve eliminar totalmente as células T do sistema imunológico do paciente para, um mês depois, substituí-las inteiramente pelas células T modificadas. A técnica será testada inicialmente em até 15 pacientes em três locais diferentes e, inicialmente, não oferece qualquer garantia de sucesso. Embora a Universidade ainda não tenha divulgado um cronograma, os testes podem começar já em 2017.