O tão aguardado novo filme do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, em inglês), Capitã Marvel, mal saiu nos cinemas do mundo e já está impactando a tecnologia. Protagonizado pela atriz Brie Larson, o primeiro longa solo de uma super-heroína do estúdio foi lançado ontem, dia 7. Mesmo antes disso, ele vem sendo alvo de boicotes e reclamações enfurecidas sobre o envolvimento e atuação de Larson no MCU. Tanto que, se você pesquisasse por “Brie Larson” no YouTube há alguns dias, os primeiros resultados trariam críticas agressivas à atriz e ao filme. Para fazer isso desaparecer, a plataforma mudou seu algoritmo e reclassificou a busca pelo nome da intérprete como um termo relacionado a notícias.

O que isso altera na estrutura de buscas? Agora, os principais resultados para “Brie Larson” serão de fontes autorizadas e especialistas. Assim, em vez de vídeos de contas individuais, como youtubers, vão aparecer primeiro vídeos de notícias, como dos canais do Entertainment Tonight, ABC, CBS e CNN. O algoritmo de notícias foi lançado pela primeira vez em outubro de 2017. Na ocasião, o YouTube foi massivamente acusado de favorecer mais vídeos de conspiração do que notícias reais sobre um tiroteio em um festival de música em Las Vegas. 

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Muitas das críticas à Larson vieram depois de declarações da atriz pedindo por mais jornalistas mulheres e minorias nos eventos de divulgação do filme da super-heroína. Com isso, os trolls começaram a veicular conteúdo no Twitter e no YouTube para fazer campanha raivosa contra a protagonista e a Capitã Marvel.

O movimento até levou o Rotten Tomatoes, site norte-americano que compila críticas sobre filmes, a pôr em prática medidas para lidar com os boicotes de usuários contra o posicionamento feminista de Larson e que tentavam derrubar a página do filme antes de seu lançamento. O portal chegou a desativar comentários e remover um selo que mostra a porcentagem de pessoas que indicaram o filme.

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De acordo com o The Verge, a ferramenta de algoritmo de notícias do YouTube é um método para garantir que a plataforma priorize fontes autorizadas quando usuários buscarem matérias sobre um tema. Por outro lado, a decisão da empresa gera discussões sobre se essa forma de priorizar vídeos de melhor qualidade também não poderia ser usado para buscas que favorecessem certos interesses em detrimento a outros.

Há milhões de youtubers na plataforma que podem ver como um problema esse tipo de favorecimento a determinadas fontes de notícias. No Twitter, alguns usuários chamaram a atitude da empresa de censura, enquanto outros a elogiaram por realizar algum tipo de filtro de qualidade da informação.