A Xiaomi admitiu que usou o trabalho de um artista sem a permissão dele para promover seus produtos na Espanha. Depois da repercussão negativa em torno do fato, a empresa afirma que demitiu o funcionário responsável.

Tudo começou quando o site espanhol da Xiaomi usou elementos de três criações do artista 3D Peter Tarka, que acusava a empresa de usar os elementos do seu trabalho sem pedir ou pagar. Agora, a empresa está culpando um único funcionário e dizendo que o incidente se deve a “falhas no nosso processo de aprovação”.

Para piorar, duas dessas peças – das quais a cadeira e a luz foram tiradas – eram de obras que Tarka fez sob encomenda para a LG, uma das concorrentes da Xiaomi no mercado de smartphones. A chinesa afirma que fortalecerá seus processos internos de aprovação de arte “para evitar que isso aconteça novamente”, e pediram “sinceras desculpas a Peter Tarka e pelos lapsos em nosso processo de aprovação”. O trabalho já foi removido do site.

Tarka fez um GIF mostrando como elementos de três partes de seu trabalho se uniram para formar o anúncio de Xiaomi. A estrutura principal foi ligeiramente alterada, e uma cadeira e uma luz suspensa de outras duas partes dele foram adicionadas em torno dela:

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Embora não tenha havido incidentes tão evidentes antes, a Xiaomi tem uma história de clonar sem rodeios o trabalho de outras pessoas. No início deste ano, recriou o papel de parede macOS padrão da Apple, juntamente com um recurso que mudou a imagem entre o dia e a noite. Além disso, um de seus notebooks de 2017 era quase idêntico a um MacBook Pro. E suas lojas têm paredes brancas e limpas e até iluminação e e móveis de seus estabelecimentos são semelhantes aos da Maçã.