Ultimamente, os robôs estão nos surpreendendo em um nível muito alto. Alguns até dizem ter alma e outros mostram talento para a dança. Mesmo assim, cientistas estão sempre tentando criar um autômato que se aproxime ao máximo das características de um ser humano. E a mais recente criação neste campo é meio surreal: uma criança androide (ou humanóide, se preferir). Aliás, melhor dizendo, trata-se de uma cabeça de criança androide chamada Affetto. Só o fato de ser apenas uma cabeça já assusta, mas ao ver o quanto de expressões ela consegue reproduzir, podemos ter problemas para dormir à noite.

Esta cabeça-robô foi desenvolvida na Universidade de Osaka, no Japão, e os pesquisadores vêm aprimorando os movimentos faciais em seu filho androide, de modo que a segunda geração dela pode mostrar maiores níveis de emoção que, por sua vez, permitirão interações mais profundas com os seres humanos.

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Imitar movimentos faciais humanos naturais em robôs não é fácil. Os pesquisadores investigaram 116 diferentes pontos faciais no robô infantil para medir movimentos que melhor transmitissem emoções humanas complexas. Os pesquisadores  relataram suas descobertas  na revista Frontiers in Robotics and AI em outubro.

Os lábios da cabeça-robô-mirim se movem e se comprimem; as pálpebras se apertam e chegam a formar rugas nos cantos dos olhos; os globos oculares se movem de um lado a outro com precisão… humana! E quando abre a boca ainda tem uma língua muito real. É algo que, no mínimo, incomoda um pouco de ver. Comprove no vídeo abaixo.

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A robótica avançada de Affetto é um excelente exemplo do  universo inquietante que faz referência à divisão entre humanos e suas emoções reproduzidas em androides.

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Felizmente, essa cabeça-robô ainda não faz sons e, por mais horripilante que pareça quando está com raiva, ao menos não vai agredir ninguém. 🙂