O Twitter está realizando um estudo para decidir qual a melhor forma de lidar com supremacistas brancos em sua plataforma. A empresa ainda não sabe se deve expulsa-los da rede social ou mantê-los desradicalizados por meio de “contra-fala e conversa”.

Eles não podem dizer muito sobre o estudo, já que estão trabalhando com acadêmicos vinculados por acordos de não divulgação, mas o objetivo era ver “o que realmente funciona”, de acordo com Vijaya Gadde, do Twitter.

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A companhia disse que havia evidências de que uma abordagem aberta funcionava em outros lugares e sustentou que a transparência era importante. “Esconder as coisas não as faz desaparecer automaticamente”, disse Gadde. No entanto, a empresa não disse que estava se inclinando de um jeito ou de outro. E existem defensores de ambos os lados. 

Enquanto alguns dizem que a liberdade de expressão é um direito e que repressões só levam à criação de formas clandestistas de exposição das ideias. Eles também alertaram que essas repressões podem punir as pessoas erradas, eliminando algumas por preconceito, em vez de abordar a causa raiz do problema.

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No entanto, existe um contra-ponto: se esses radicais fossem propícios a aceitar opniões moderadas, por que eles ainda continuariam atuando da mesma forma, mesmo estando há tanto tempo na plataforma? O Twitter, por exemplo, tem tido supremacistas brancos em seu site há anos, com assédio e ameaças como parte regular dessa presença. 

Angelo Carusone, da Media Matters, destacou para a Motherboard que os supremacistas brancos são frequentemente envolvidos em campanhas de assédio coletivo e atuam com contas falsas. Se o Twitter os deixasse ficar, isso poderia estar apenas dando a eles uma audiência maior do que eles deveriam ter.

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Seja qual for a solução, o estudo pode estar atrasado. A questão está chegando anos depois que tivemos um crescimento abusurdo dos discursos de ódio e as redes sociais parecem ser as principais propagadoras e porta-vozes desses grupos. O Facebook já decidiu adotar uma postura mais dura contra os fornecedores de ódio. Isso só mostra que o Twitter está muito atrasado para o debate. 


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Via: Engadget