O presidente Donald Trump deve assinar nos próximos dias um decreto que proíbe que operadoras norte-americanas infraestrutura de telecomunicação de companhias chinesas como Huawei e ZTE. A medida deve ser assinada antes mesmo do Mobile World Congress (MWC) que acontece no fim desse mês em Barcelona. Caso ela seja confirmada, a atuação dessas empresas nos EUA fica praticamente inviabilizada. 

Alguns analistas da indústria especulam que houve um “empurrão” para que a assinatura viesse antes do mais importante evento de tecnologia mobile do mundo. Além disso é especulado que tal medida tem a finalidade de levar a mensagem de que outras fornecedoras de telecom devem priorizar a segurança cibernética em futuros novos contratos.

O anúncio agrava a já tumultuada relação entre EUA e Huawei. A empresa ganhou as manchetes depois que a diretora financeira Wanzhou Meng foi presa no Canadá em dezembro último(a pedido dos EUA), por supostamente burlar um embargo comercial com o Irã. Agora, ela está em liberdade condicional e aguarda julgamento que pode culminar com a sua extradição para os Estados Unidos.

Além disso, mais recentemente e na esteira da questão com o Irã, os Estados Unidos acusaram a Huawei de espionagem, ao tentar roubar segredos comerciais da T-Mobile.

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É importante ressaltar que a transição para o 5G colocou os negócios da Huawei na mira de outros países, como a Austrália, que proibiu o fornecimento de equipamentos 5G para operadoras locais. A Comissão Europeia disse que está analisando uma proibição do uso desses equipamentos, alegando  preocupações de segurança. Além disso, a entidade promete ser mais rigorosa nas exigências de segurança junto a potenciais fornecedores.