No último domingo, 22, a Samsung realizou um evento em Seul, capital da Coreia do Sul, para informar o que causou os problemas que faziam com que o Galaxy Note 7 entrasse em combustão. Como se especulava, a resposta estava na bateria.

De forma didática, a companhia reconheceu que foi negligente com a montagem dos aparelhos, embora as baterias defeituosas não sejam de fabricação interna e tenham sido compradas de dois fornecedores diferentes.

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Nos primeiros smartphones, os eletrodos negativos da bateria sofriam um desvio que os fazia entortar. Além disso, por estarem erroneamente posicionados em curva, eles poderiam eventualmente se encontrar com os eletrodos positivos devido a problemas com o elemento que os separava, causando um curto-circuito.

Os modelos que vieram para substituir os primeiros foram construídos com uma soldagem mal feita nos eletrodos positivos. Isso permitia que esses eletrodos furassem a fita de isolamento e o separador, possibilitando o contato com os eletrodos negativos. Sem contar que uma quantidade de aparelhos dessa segunda leva sequer contava com a fita de isolamento, o que tornava as baterias ainda mais perigosas.

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Para evitar que questões como essas se repitam, a Samsung formou um grupo de aconselhamento sobre baterias que contará com consultores externos, especialistas acadêmicos e de pesquisa. São eles Clare Grey, professora de Química na Universidade de Cambridge; Gerbrand Ceder, professor de Materiais Científicos e Engenharia na Universidade de Berkeley; Yi Cui, professor de Materiais Científicos e Engenharia na Universidade de Stanford; e Toru Amazutsumi, CEO da Amaz Techno.

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“Hoje, mais do que nunca, estamos empenhados em ganhar a confiança dos nossos clientes através da inovação, que redefine o que é possível em segurança”, disse no evento o presidente de dispositivos móveis da Samsung, DJ Koh.