A Mozilla deu início a um novo projeto chamado Fission, que visa proteger o Firefox de novas vulnerabilidades que aproveitem brechas similares ao Spectre e ao Meltdown, que afetou praticamente todos os processadores em uso no mundo, com algumas raras exceções, descobertas entre o fim de 2017 e o início de 2018.

Quando o caso foi descoberto, a Mozilla agiu para corrigir as falhas de segurança rapidamente, mas agora o objetivo é que outras vulnerabilidades similares não sejam capazes de causar estragos. A ideia é eliminar a técnica conhecida como “ataque de canal lateral”, que se aproveita de vulnerabilidades do dispositivo (como uma falha no processador, por exemplo), e não do software, para ganhar acesso indevido a informações do sistema.

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Os ataques do tipo Spectre podem ser utilizados para roubar informações altamente sensíveis, como senhas ou chaves de criptografia, não apenas explorando navegadores da web, como também processadores e sistemas operacionais. Como resultado, a indústria da computação tem lutado para fundamentalmente redesenhar muito de sua tecnologia. A magnitude do Projeto Fission mostra como é difícil resolver o problema.

Com o Fission, a Mozilla pretende repensar completamente a arquitetura do Firefox com foco em segurança para evitar ameaças como essa. As novidades serão implementadas aos poucos ao longo dos próximos meses, chegando primeiro à versão Nightly do navegador, que traz as últimas novidades ainda em caráter experimental.

Especificamente, o Projeto Fission estabelece uma tecnologia chamada site isolation que pode dividir até mesmo sites individuais em processos separados. O Google já possibilitou o site isolation no navegador Chrome após anos de muita pesquisa que acabou dando frutos quando o Spectre surgiu.

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A desvantagem dessa técnica é que ela usa mais memória do computador. A ideia da empresa era recorrer a outro sistema, chamado Electrolysis para reduzir esse impacto e obter uma vantagem sobre o Chrome, mas a necessidade do site isolation derrubou esta expectativa. A Mozilla, no entanto, ainda trabalha em um projeto chamado Memshrink que visa restringir o uso de memória do navegador.

“Nós estamos trabalhando para assegurar que os usuários do Firefox continuem a experimentar o melhor uso de memória e performance”, disse a Mozilla em um comunicado de terça-feira, 6.