Os amantes dos jogos eletrônicos talvez tenham que esperar um bom tempo para vê-los nas Olimpíadas. O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, deu declarações duras contra a inclusão dos eSports no programa olímpico. Segundo o alemão, o torneio mais importante do mundo não pode aceitar “games que promovem violência ou discriminação”.

A crítica do presidente do COI foi dada em entrevista à Associated Press durante os Jogos Asiáticos 2018, que estão sendo sediados em Jacarta, na Indonésia. A competição, que é o segundo maior evento multiesportivo após a Olimpíadas, contou com torneios de eSports pela primeira vez este ano. No entanto, Tomas Bach se mostrou resistente à inclusão dos “chamados jogos assassinos” na competição.

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“Eles, do nosso ponto de vista, estão em contradição com os valores olímpicos e não podem, portanto, ser aceitos”, afirmou Thomas Bach. A declaração foi tida como um balde de água fria entre os amantes dos esportes eletrônicos, que defendiam sua inclusão no torneio. Em julho, o COI chegou até mesmo a realizar um fórum sobre o eSports em sua sede, na Suíça.

Nos tempos de atleta, Thomas Bach foi medalhista de ouro na esgrima, categoria que usa uma espada durante a competição. Além desta, outras modalidades também usam armas de fogo, arco e flecha, entre outros. Entretanto, o presidente do COI não acredita que isso invalida a sua opinião sobre os jogos eletrônicos.

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“Certamente todo esporte de combate tem sua origem em uma luta real entre as pessoas. Mas os esportes são a expressão civilizada disso. Se você tem games cujo objetivo é matar alguém, estes não podem estar alinhados com os valores olímpicos”, reiterou.

Nos últimos anos, diversos torneios de jogos eletrônicos movimentaram milhões em premiações ao redor do mundo. De fato, alguns títulos populares como Overwatch e Counter-Strike:GO tem como objetivo o assassinato de rivais. Entretanto, há diversos games, como FIFA e Rocket League, que não envolvem qualquer tipo de violência.