Sigilo é um dos principais aspectos quando se trata da produção de um iPhone. Hoje, o aparelho está entre os produtos mais vendidos da Apple, e já ganhou diversas versões. Contudo, para que a célebre série de smartphones pudesse ser tão popular, o primeiro modelo ficou na fase de produção por dois anos e meio. Uma peça foi fundamental em sua construção: as placas de protótipos de desenvolvimento. Com o onjetivo de guradar segredo, essas placas continham quase todas as partes do iPhone espalhadas em circuito e permitiam testar o aparelho sem saber bem ao certo quais componentes eram usados na construção do hardware. Agora, pela primeira vez, essa placa foi publicamente apresentada, e nos dá informações históricas de parte importante da trajetória da computação.

O dispositivo era conhecido pelos codinomes “M68” e “Purple 2”, e nem mesmo os engenheiros Apple sabiam como ele acabaria sendo. A placa na qual foi montado o protótipo é semelhante a uma placa-mãe de PCs de 10 anos atrás, embora não haja um ventilador gigante para resfriar o processador ou os bancos de memória, nem tenha o mesmo tamanho, e possua componentes diferentes.

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A Apple desenvolveu esse protótipo como amostra de teste de validação de engenharia (EVT), para os membros da equipe que trabalham principalmente com as partes de software e rádio do iPhone original.

Nela, há um conector de série no topo, que foi usado para testar os acessórios do iPod, já que o iPhone também usava o conector de 30 pinos da fabricante. Além disso, temos até uma porta LAN para conectividade. 

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Dois conectores mini-USB flanqueiam o lado da placa, que foram usados pelos engenheiros para acessar o processador de aplicativos principal do iPhone. Os engenheiros da empresa poderiam usar essas portas mini-USB para codificar o dispositivo sem nunca ver a tela.

Reprodução

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Essa placa era essencial, uma vez que permitia testar todas as partes do iPhone original individualmente e em conjunto. No topo, é possível notar um slot para cartão SIM e, nas proximidades, há duas antenas para conectividade Wi-Fi e Bluetooth.

Outro fator relevante é o uso de uma tela que dava uma visibilidade melhor para aquilo que estava sendo testado, mas o botão de menu se encontrava do lado de fora.

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Ter todos os componentes disponíveis para teste em uma placa expandida como essa também tornou muito mais fácil para os engenheiros fazerem alterações e testá-la. Ao invés de realizar tudo dentro de um de telefone, no qual não se pode acessar facilmente componentes com sondas. 

Placas semelhantes teriam sido usadas em 2006 e durante todo o ano seguinte, antes do lançamento do iPhone original, em 29 de junho de 2007.

A Apple não usa mais esse modelo tão grandes para o desenvolvimento do iPhone nos dias de hoje. Agora, a empresa adota o modelo de placas menores, mas ainda com muitas proteções de segurança. Com isso, os desenvolvedores do iPhone podem tralhar no hardware do aparelho final enquanto o design é mantido em segredo. 

Vários outros fabricantes de telefones também usam cases gigantes semelhantes nas fases finais de desenvolvimento para manter tudo em sigilo… apesar de não parecer!

Fonte: The Verge