De acordo a uma pesquisa do Instituto Internacional de Ciência da Computação, aproximadamente 17 mil aplicativos do Android coletam e armazenam dados de seus usuários. Essa coleta viola a política de privacidade do Google, e é usada para segmentar anúncios publicitários.

A coleta rastreia o ID de publicidade juntamente com outras informações exclusivas do aparelho – como endereço MAC, IMEI ou Android ID. Com esses dados em mãos, é possível direcionar anúncios de acordo a localização e a preferência do usuário.

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Serge Egelman, que liderou a pesquisa, disse que sua equipe relatou a descoberta ao Google em setembro do ano passado. Eles observaram que a maioria dos aplicativos enviavam informações de identificação para serviços de publicidade.

A prática de direcionar propaganda não é ilegal, segundo o Google, porém, caso esse direcionamento seja resultante da combinação do ID de publicidade e de ID de hardware sem o consentimento do usuário, a prática é considerada abusiva e pode ser punida com a retirada do aplicativo da loja do Android.

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Aplicativos bem conhecidos do público estão entre os acusados de coleta de dados, são eles: Angry Birds, Audible, Clean Master e Batery Doctor, sendo esses dois últimos os mais utilizados, pois, supostamente, otimizam o celular de diversas maneiras, seja realizando limpezas periódicas ou até mesmo removendo vírus. Todos esses aplicativos têm pelo menos 100 milhões de downloads.

Após divulgação da pesquisa, o Google informou que investigou os aplicativos citados e tomou medidas em alguns deles. Não foram informados quantos aplicativos foram punidos e nem quais ações foram tomadas. A empresa informou que permite que alguns aplicativos usem a combinação de ID de publicidade e indicadores de hardware para detecções de fraude, por exemplo, mas não para o direcionamento de anúncios.

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Um porta-voz do Google disse em um comunicado: “Levamos essas questões muito a sério. A combinação de ID de anúncio com identificadores de dispositivo para fins de personalização de anúncios é estritamente proibida. Estamos constantemente revisando aplicativos, incluindo aqueles listados na pesquisa, e agimos quando eles não estão em conformidade com nossas políticas.”

Várias iniciativas do Google visam proteger a privacidade e segurança do usuário. Em uma postagem feita em seu Blog, a empresa informou que aumentou em 55% o número de aplicativos bloqueados na Play Store em 2018.

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Fonte: Cnet