Os patinetes elétricos estão por toda parte em Austin: no trânsito, nas esquinas das ruas e estacionados perto dos hotéis mais cheios. O principal problema agora, entretanto, é que eles têm sido motivo de lotação nos pronto-socorros da cidade.

O caso do estudante Mark Sands, de 21 anos, em 2018, chocou a cidade. Segundo a polícia, ele andava na direção contrária da rua de patinetes e chocou-se com um Uber. Sands não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte. Embora o número de mortes relacionadas a esse tipo de veículo continue baixo, as lesões graves são bastante comuns.

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Em Los Angeles, a situação se repete e mais pessoas se feriram quando andavam de patinetes elétricos do que aqueles que usavam uma bicicleta ou seguiam a pé, de acordo com os resultados de um estudo publicado em maio do ano passado na revista médica JAMA Network Open. A Lime — uma das maiores empresas de patinetes do mundo — foi forçada a emitir dois recalls depois que jornais informaram que alguns de seus veículos podiam pegar fogo.

A alta velocidade que os patinetes são capazes de atingir também terminou em ferimentos a pedestres, principalmente idosos, atingidos nas calçadas. Após do incidente com Sands, foram registrados outros casos de óbito associados aos patinetes elétricos. A Comissão de Segurança Pública de Austin, entretanto, diz que precisa de mais ocorrências para resolver o problema.