O Brasil passou a contar nesta semana com um novo cabo submarino, que liga Fortaleza, no Ceará, à cidade de Kribi, em Camarões. A estrutura de quase 6.000 quilômetros é formada por quatro pares de fibra óptica e tem capacidade de transferência de 32 Tbps. O cabo é o primeiro na história a conectar diretamente dois continentes no hemisfério sul.

O projeto foi preparado pelo consórcio South Atlantic Inter Link, o SAIL, formado pela Huawei Marine Network, que montou e posicionou o cabo, e pelas operadoras China Unicom e Camtel.

A estrutura ainda marca a chegada dessa China Unicom ao Brasil, como lembra reportagem do Telesíntese. A empresa chinesa pretende ligar 11 de seus cabos terrestres que atravessam o Oriente Médio à nova estrutura marítima.

A construção do cabo submarino SAIL começou ainda em 2016, e a ideia era conectar duas regiões emergentes, tanta econômica quanto tecnologicamente. Ele deve facilitar e agilizar a ligação e a troca de informações entre os países do BRICS, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de outros países das regiões da África e da Ásia.

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Uma segunda estrutura, o South Atlantic Cable System (SACS), da Angola Cables, ainda deve reforçar essa ligação quando for finalizado, conectando Fortaleza a Sangano, em Angola. Ele é um pouco mais longo do que o SAIL, tem capacidade de 40 TB e entra em operação até o final de setembro.

O consórcio SAIL não divulgou quanto foi gasto na construção, mas o preço estimado inicial era de 130 milhões de dólares. O grupo estima que o cabo submarino deve durar pelos próximos 25 anos. Se quiser conferir, o site Submarine Cable Map já traz o mapa atualizado com o novo cabo em meio a todos os outros já existentes ao redor do mundo.