Durante anos, a Netflix sempre disse não aos anúncios. No entanto, a concorrência não acredita que essa posição será válida por muito mais tempo. Os chefes de propagandas da NBC Universal, Linda Yaccarino e do Hulu, Peter Naylor, se posicionaram diante do assunto, afirmando que a plataforma, líder em audiência em streaming de vídeos, não poderá deixar passar os bilhões de dólares em receita adicional que ganharia.   

 “Quando você tem que produzir mais conteúdos que não são garantia de ser um sucesso, você tem que gastar mais dinheiro, você tem que construir sua marca, você tem que ajudar o consumidor a descobrir suas coisas – e tudo isso implica em gastos, fazendo com que o preço da assinatura suba. E os anúncios seriam uma forma lógica de amortizar esses aumentos ”, disse Yaccarino. As declarações aconteceram em um painel de Cannes Lions durante a quarta-feira (19/06), moderado pelo fundador e CEO  do The Trade Desk, Jeff Green.

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Não se sabe como um Netflix suportado por anúncios pode parecer. Teoricamente, ela poderia usar como modelo o Hulu, que oferece uma versão de seu serviço, cuja assinatura traz descontos na mensalidade com a exibição de anúncios. Outra maneira seria copiar o modelo Spotify e ter uma versão gratuita com anúncios, em oposição a um serviço de assinatura que pode vir com benefícios adicionais.

Entretanto, um porta-voz da Netflix disse que isso era “uma ilusão de uma conferência de publicidade”. Uma segunda pessoa dentro da empresa afirmou ainda que a incorporação de anúncios não é um assunto no qual eles estão atualmente concentrados.

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A Netflix já experimentou parcerias de marketing, como o relançamento da New Coke da Coca-Cola em uma de suas séries de maior sucesso, “Stranger Things”, além de posicionamento de produtos em outros shows. “O futuro da mídia suportada por publicidade não se parece com o que estamos fazendo hoje em termos de carregamento ou até de forma de anúncios”, disse Naylor.

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Os comentários do Hulu e da NBC ecoam a outros anteriores de executivos do YouTube e do JP Morgan em abril, que também pensaram que a Netflix acabaria por se interessar pela publicidade.

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Via: CNBC