Mesmo com queda nas quantidades de aparelhos vendidas, a receita global da venda de smartphones continua a crescer, de acordo com pesquisa da consultoria Growth from Knowledge (GFK),  O estudo aponta que a receita cresceu 5% em 2018, atingindo US $ 522 bilhões. E, no mesmo ano, vendeu-se menos 3% menos smartphones. Como isso é possível?

A afirmação se apoia no aumento do preço médio de venda (Average Selling Price -ASP, em inglês) dos dispositivos. O documento indica que smartphones e dispositivos vestíveis (wearables como os smartwatches) ainda são a grande força de um mercado de US $1.2 trilhão de bens de consumo . Apesar da demanda global ter caído 3% em 2018 para 1.44 bilhões de unidades comercializadas, as vendas continuam fortes e atingiram os US $522 bilhões”

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Sabemos que, no ano passado, a Apple teve problemas com o comércio dos seus novos iPhones, enfrentando uma inédita queda no número de vendas. Muitos apontaram que o principal motivo foi o preço dos aparelhos da marca, muito acima do que os consumidores estão dispostos a pagar.  Além disso, a Maçã enfrentou ainda a clara ascensão de marcas chinesas no setor. 

Assim como aponta a pesquisa, esses dois pontos são essenciais para compreender o porquê da queda na venda e do aumento na receita. Cerca de 12% (contra 9% em 2017) de smartphones vendidos custaram mais de US $ 800 em 2018. O segmento intermediário (que engloba aparelhos de US $ 150-400) continua sendo um importante fator competitivo, representando 46% dos smartphones vendidos globalmente em 2018 (contra 44% em 2017). 

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Portanto, o aumento no preço dos celulares de marcas como Samsung, Apple e Huawei por exemplo, teve um grande imapacto no mercado. Além disso, os consumidores estão preferindo gastar em itens que proporcionem experiências, não se restringindo apenas ao uso básico dos aparelhos. E isso inclui o uso de wearables como os smartwatches, onde o maior destaque é o Apple Watch.

A demanda ano-a-ano cresceu 16% e as vendas aumentaram 35%. A demanda foi impulsionada pela ascensão de smartwatches habilitados com cartão SIM, que representam a maior parte do valor de vendas dentro da categoria de wearables, explica a pesquisa. 

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Para completar, a ascensão dos asiáticos no comércio de dispositivos móveis influenciou sensivelmente os resultados deste ano. O crescimento mais forte foi na região que a GFK chama de “Ásia emergente”: Bangladesh, Índia, Indonésia, Camboja, Malásia, Mianmar, Filipinas, Tailândia e Vietnã.