A população mundial deve, pela primeira vez, passar mais tempo navegando na internet do que assistindo TV em 2019. É o que aponta um relatório da agência Zenith, que estimou que as pessoas passarão em média 170,6 minutos na web contra 170,3 minutos em frente à televisão. Além disso, os celulares serão responsáveis por boa parte do consumo de mídia no planeta.

De acordo com a publicação do site Quartz, o estudo da Zenith levou em consideração a forma como um conteúdo é transmitido ou distribuído. Ou seja, se ele é transmitido pela TV ou rádio, impresso em jornais e revistas ou se foi publicado na Internet, o que também inclui sites de veículos tradicionais. A análise indica a televisão deve perder o seu reinado no mundo em 2019 e ser amplamente superada pela web em 2020.

Nos últimos anos, as emissoras de televisão têm perdido audiência para serviços de streaming online, como o Netflix e o YouTube. Ainda segundo a Zenith, entre 2011 e 2019, o consumo de mídia em smartphones e tablets deve crescer 504%. Já a navegação em computadores e o tempo gasto na televisão devem cair 18% e 4%, respectivamente.

Os celulares, aliás, devem tomar uma grande fatia do consumo de mídia em todo mundo, sendo responsáveis por cerca de 25% já em 2019. Até 2020, a participação dos smartphones devem crescer para 28%, sendo bem mais do que os 5% registrados de 2011. Entre os motivos para esse grande salto está a popularização de aparelhos mais baratos e conectados a internet, que têm ganhado espaço em países emergentes.

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TV ainda liderará em algumas regiões

Embora a Internet tomará a dianteira no mundo como um todo, algumas regiões ainda continuarão consumindo mais TV. De acordo com a Zenith, a Europa, a América Latina e América do Norte ainda gastarão mais minutos em frente à televisão do que navegando na web até 2020.

A queda da mídia tradicional

Em outro relatório, a Zenith revelou ainda as transformações no consumo de mídia entre 2011 e 2018. Neste período, os jornais e as revistas impressos foram os meios que perderam maior participação: 45% e 56%, respectivamente. A queda, porém, leva em conta apenas as versões em papel desses veículos, já que os sites e publicações online foram contabilizados junto com a internet.

As mídias eletrônicas também perderam espaço nesse período, porém em menor proporção. O rádio diminuiu cerca de 8% desde 2011, enquanto o tempo gasto com a televisão caiu 3%. Ainda que as empresas estejam migrando para a plataforma online, segundo a Zenith, elas têm encontrado concorrência com grandes players nativos, como Netflix, YouTube e Spotify.