Mais uma empresa decidiu romper seu acordo com a Huawei. Desta vez, a fabricante de chips ARM resolveu que não vai mais fornecer tecnologia para a empresa. Seus funcionários foram instruídos a suspender “todos os contratos ativos, direitos de suporte e quaisquer compromissos pendentes” com a Huawei devido às proibições feitas pelos EUA.

Um memorando interno da ARM revela que seus designs de chips incluem “tecnologia de origem norte-americana”, mesmo a empresa estando sediada no Reino Unido. Trump decidiu que nenhuma companhia americana deve fazer negócios com a Huawei sem a autorização do governo, por esse motivo, a ARM está preocupada em respeitar essa proibição, já que eles desenvolvem alguns projetos de processadores em Austin, no Texas, e em San Jose, na Califórnia, o que faz com que eles estejam, de certa forma, dentro dos EUA.

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Ao ser procurada para esclarecimentos, um porta-voz da empresa declarou que “a ARM está cumprindo todas as regulamentações mais recentes estabelecidas pelo governo dos EUA”. A empresa não deu mais detalhes sobre a decisão. Não está claro se a ARM está acatando ao pedido do Departamento de Comércio dos EUA, ou se foi aconselhada diretamente a suspender os negócios com a Huawei. Se for a segunda opção, outras empresas também podem terminar seus contratos de fornecimento a qualquer momento.

A Huawei teria estocado várias peças feitas nos EUA, esse estoque pode durar de três meses a um ano, isso pode ser suficiente para continuar operando por algum tempo. Porém, em algum momento esse estoque vai acabar, e a empresa terá a difícil tarefa de fabricar um smartphone sem a tecnologia dos EUA dentro.

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Eles terão a opção de procurar fabricantes de outros mercados que possam fornecer essas peças, ou começar a produzir os próprios componentes, que é o que a empresa já vem fazendo há algum tempo com o desenvolvimento de seu próprio sistema operacional. Atualmente, a empresa possui contrato com diversos fabricantes norte-americanos, como Micron, Skyworks e Qorvo, que fornecem componentes de armazenamento e de rede para alguns dos celulares da Huawei.


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Via: The Verge