O Facebook entrou de vez na guerra contra as fake news e nos mais diversos níveis. Isso porque, de acordo com a diretora de produtos da rede social, Antonia Woodford, as ferramentas de controle e verificação da plataforma agora também abrangem imagens e vídeos em 17 países. 

Além das equipes que analisam as publicações mais suspeitas, o Facebook também está usando programas de Inteligência Artificial, que fazem uma varredura permanente de dados. O modelo de machine leaning aplicado pela rede social procura sinais e mensagens de aviso dos usuários para identificar conteúdos falsos.

Em paralelo, há ainda equipes de comparação de dados que avaliam as imagens por meio de técnicas de verificação visual, que agrupam imagens no mesmo objeto e analisam os metadados. Além de tudo isso, há ainda a boa e velha prática jornalística, “como a investigação de especialistas e agências governamentais”, afirmou Woodford. “Para completar, as informações e a experiência das equipes também servem para alimentar o sistema de inteligência artifical, que aprende com as ações humanas.

Em entrevista ao jornal El País, a executiva do Facebook declarou que a rede social “usa o reconhecimento ótico de caracteres (OCR) para analisar os textos das imagens e compará-los com o detentores de contraste dos artigos”. Ainda segundo Woodford, “o Facebook também trabalha de outras frmas para detectar se uma foto ou vídeo foram manipuladas”. 

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A pesquisa realizada pelo Facebook desde março deste ano permitiu à rede social categorizar três categorias de audiovisuais: os manipulados ou fabricados, os que estão fora de contexto e os que foram denunciados pelo público por seu conteúdo. Woodford declarou que os alguns arquivos podem se encaixar em mais de uma categoria. 

Para completar, a diretora observou que, de acordo com a experiência das equipes de análise do Facebook, o modelo de mensagens que dissemina as fake news varia de acordo com o país: “Por exemplo, nos Estados Unidos, os usuários afirmam que veem mais fraudes em artigos. Já na Indonésia, as fake news aparecem mais em imagens”.