A alta concorrência no mercado de smartphones topo de linha fez com que o Google decidisse começar a focar sua atenção nos modelos intermediários. Foi isso que informou Ruth Porat, diretora financeira da empresa-mãe do Google, a Alphabet, durante uma coletiva com repórteres. De acordo com ela, a pressão de toda a indústria sobre os telefones de última geração levou a menos vendas do Pixel no último trimestre em comparação a este ano. 

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Porém, enquanto Porat não especifica quem está pressionando o mercado, podemos especular que ela se refere à concorrência da Apple, Samsung e, principalmente, das fabricantes chinesas, como Huawei, Oppo e Xiaomi. Além disso, houve um aumento do preço dos smartphones e a redução da demanda dos consumidores, levando os proprietários a ficarem mais tempo com seus aparelhos atuais, abandonando os ciclos anuais de atualização.

Em outro momento da teleconferência, o presidente-executivo do Google, Sundar Pichai, foi abertamente questionado se os investidores deveriam estar preocupados com a pouca participação dos hardware na receita final da empresa, que ainda depende majoritariamente do setor de publicidade online.

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O Google não libera os dados de receita de hardwares no seu relatório financeiro trimestral, mas, apesar da pouca participação do Pixel – cujo faturamento pode estar na casa dos 5,5 bilhões de dólares – essa divisão da empresa está crescendo graças a itens como Chromecast, notebooks (principalmente os Chromebooks) e o Google Home.  

O Pixel 3, lançado com um preço menor do que os modelos high end da Apple e da Samsung, começou custando US$799. Agora, menos de nove meses depois do lançamento, o consumidor pode encontrar o celular na loja online do Google por U$200 a menos. Mas essa oferta acaba às vésperas do Google I/O, maior conferência de programadores da companhia, que acontece entre os dias 07 e 09 de maio e deve apresentar uma série de novidades para o Android e também em hardwares da marca. 

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Via: The Verge