Meu MacBook Pro já não é mais o mesmo e, por conta de uma viagem, tive que adiar a substituição da minha máquina por dois meses. Por esse motivo, optei por otimizar ao máximo o software do meu computador, para deixá-lo mais rápido. Na semana passada, passei a usar exclusivamente o navegador Brave em detrimento ao Chrome e, para minha surpresa, tudo ficou significativamente mais rápido.

Se você ainda não conhece o Brave Browser, não se preocupe, pois em comparação ao Google Chrome, este navegador ainda é considerado muito pequeno. Porém, isso não significa que não esteja crescendo, pelo contrário, hoje já são mais de 4 milhões de usuários ativos. Se levarmos em consideração que o Brave ganhou popular a partir do ano passado, depois de receber uma série de novas funcionalidades, este é um grande feito.

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Na última quarta-feira, o navegador virou manchete por anunciar a chegada de um recurso que estava há tempos em testes: o programa Brave Ads, que recompensa os usuários que optarem por consumir publicidade no navegador. Em outras palavras, a empresa dona do browser pagará às pessoas para alguns anúncios enquanto navegam na internet. Como o tema me chamou a atenção, resolvi testar o serviço por alguns dias e as minhas primeiras impressões são super positivas.

Google Chrome vs Brave Browser: usabilidade e segurança

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Eu utilizo o Chrome há muito tempo, tanto que já estava acostumada demais com o navegador do Google, inclusive escrevi sobre isso. Nestes cinco dias usando o Brave, que também é baseado no Chromium, tive que abrir o Chrome em apenas duas circunstâncias, por conta de configurações específicas do editor de conteúdo do site. E isso foi o suficiente para mostrar a diferença de velocidade de carregamento entre um browser e o outro.

O Brave é conhecido por ser seguro, rápido e amigável. Muito dessa fama é graças aos recursos de bloqueio de anúncio e rastreamento oferecidos por padrão no navegador. Com isso, diferente do Chrome, não se faz necessário o uso de extensões para tanto.

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Além disso, é possível importar as pastas de favoritos, histórico de navegação e senhas do Chrome para o Brave, o que tornou tudo mais fácil, bem como sincronizar dispositivos. Até mesmo as cores do Chrome o próprio buscador do Google podem ser adicionados como padrão de uso. Por fim, o layout das duas plataformas se torna tão parecida que, se não fosse pelo nome do software aparecendo na parte superior da tela, você quase nem notaria a diferença entre um e outro. Contudo, se visualmente tudo é muito parecido, em relação à experiência de navegação, as coisas mudam completamente de cenário.

O Brave Browser faz o bloqueio de anúncios nativamente e utiliza apenas o protocolo https. Além disso, é possível escolher quais dados serão excluídos ao final de uma sessão de navegação, bem como personalizar praticamente toda a experiência de navegação, seja na barra de endereços, através de atalhos, seja direto nas configurações.

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Reprodução

Em cinco dias, foram bloqueados quase 9 mil anúncios

É claro que o Chrome também é seguro, afinal de contas a Google atualiza o navegador constantemente para evitar que software maliciosos encontrem brechas no sistema para roubar os dados dos usuários. Contudo, sendo o browser mais utilizado entre as pessoas, o navegador do Google também é o mais visado por cibercriminosos.

Em relação ao bloqueio de publicidade, o Chrome possui ótimas extensões para tanto. Aliás, em comparação com o Brave, certamente o navegador da Google leva a melhor quando o assunto são extensões. Isso ocorre porque os desenvolvedores do Brave limitam demais o uso deste recurso, com o objetivo de garantir que nenhuma extensão mal-intencionada comprometa a segurança do usuário.

Google Chrome vs Brave Browser: privacidade

Em relação à privacidade no Brave, o bloqueador de anúncios padrão inibe o rastreamento das atividades dos usuários online. A janela anônima no Brave usa o Tor para impedir qualquer conexão não segura. Já o Chrome é uma grande ferramenta do Google para ganhar dinheiro em cima das atividades dos usuários online, mesmo contendo uma solicitação “Não Rastrear” o tráfego de navegação, é uma característica intrínseca ao serviço.

Google Chrome vs Brave Browser: velocidade

Mas os recursos de segurança e privacidade não me chamaram tanto a atenção quanto a diferença na velocidade de carregamento das páginas no Brave. Mas como este navegador pode ser tão mais rápido?

Tanto o Brave quanto o Chrome são desenvolvidos em cima do sistema Chromium, assim como o novo Microsoft Edge. A diferença entre estes é que a falta de anúncios de terceiros no Brave faz com que tenhamos menos conteúdo para ser baixado antes de acessarmos  uma página da web. Simples assim!

A equipe do Brave fez um comparativo entre o as velocidades de carregamento do Brave, do Chrome e do Firefox, na qual podemos ver uma boa vantagem do Brave sob os concorrentes. No entanto, é preciso ver este resultado com certa cautela, pois muito disso vem do bloqueio de anúncios, logo, nem sempre esse resultado poderá ser replicado. Assista:

Google Chrome vs Brave Browser: forma de pagamento

Outra função que me fez optar pelo Brave, foi a carteira de criptomoedas Basic Attention token (BAT). Entre outras funções, o BAT é uma forma de remunerar as pessoas pelo tempo gasto em anúncios, bem como incentiva o pagamento pelo conteúdo que se consome na internet, através do envio de contribuições para os sites mais utilizados pelos usuários. Contudo, o recurso foi anunciado apenas na semana passada e ainda está sendo implementado, por isso, não pude testá-lo.

Em outras palavras, quando funcional, você começa a receber criptomoedas (BAT) para ver publicidade no navegador, não nos sites em si. Ao final, pode optar por contribuir com as publicações ou mesmo sacar o valor da sua carteira. Já o Chrome, além de não oferecer este tipo de opção, ganha dinheiro em cima da análise das atividades dos usuários online. Aliás, essa seria a moeda de troca pelo uso livre de taxas do serviço.

Google Chrome vs Brave Browser: a troca valeu a pena?

Até agora, a troca de navegador está valendo a pena. Por conta disso tudo que descrevo, vou permanecer utilizando o Brave em vez do Chrome no meu computador e celular. O navegador é seguro, garante a minha privacidade, carrega as páginas de forma bem mais rápida, me ajudando muito neste momento, e, assim que o programa Brave Ads estiver disponível para mim, vou poder ver se essa história de remuneração de usuários é factual ou mais uma balela de marketing.

É claro que existem outras opções no mercado, também leves, o Opera é um exemplo disso. Contudo, a similaridade e a facilidade de sincronização de dados e dispositivos ajudaram bastante na transição do Chrome para o Brave.

Se você deseja baixar e testar o Brave Browser, acesse a página oficial do navegador para download.

Você conhece o Brave Browser? Já testou ou utiliza? Qual é a sua opinião sobre esse navegador que pretende mudar a forma como usamos a internet?