Facebook, Google e Twitter compareceram ao congresso nos Estados Unidos nesta terça-feira, 17, para dar explicações sobre filtros de conteúdo. Os parlamentares desejam saber como as gigantes de mídias sociais bloqueiam conteúdo e se há algum favorecimento político envolvido. As empresas, contudo, negaram essas acusações.

De acordo com a publicação do CNET, os depoimentos desta terça-feira aconteceram no Comitê Judiciário da Câmera Federal norte-americana. Durante a discussão, todas as empresas afirmaram que que praticam filtragens em nome de um “bem maior”, moderando a desinformação, o discurso de ódio e o conteúdo terrorista.

publicidade

Esta é a segunda audiência sobre o assunto. Em abril, as empresas de tecnologia negaram a participar do evento. Na época, o comitê convidou apoiadores de Trump, que alegavam que o Facebook silenciava as publicações de conservadores. No entanto, a diretora de políticas global da empresa, Monika Bickert, afirmou que a rede social estava comprometida em ser um espaço aberto para todas as vozes.

Já o chefe de políticas públicas e relações governamentais do YouTube, Juniper Downs, afirmou que o YouTube não tem como alvo crenças políticas. O executivo disse ainda que o site demonetizou ou bloqueou apenas conteúdo considerado “perigoso, ilegal ou ilícito”. Entretanto, o funcionário do Google reconheceu que o sistema da empresa pode cometer erros.

publicidade

Quem também seguiu o mesmo caminho foi o estrategista sênior de políticas públicas do Twitter, Nick Pickles. Segundo o representante, a empresa não censura opiniões políticas. Entretanto, o representante também admitiu que a companhia pode cometer erros, pedindo desculpas sobre o bloqueio de anúncios de uma candidata republicana ao Senado em outubro.

Por fim, as redes sociais afirmaram ainda que não são responsáveis pelo conteúdo publicados em suas plataformas. Os representantes do Twitter, Google e Facebook lembraram ainda de uma norma dos Estados Unidos que as isenta do que é publicado por seus usuários. Entretanto, alguns deputados norte-americanos manifestaram preocupações e questionamento sobre o caso.