A Berkshire – fundo de investimentos do bilionário Warren Buffet – investiu mais US$ 300 milhões na compra de ações da StoneCo Ltd., hoje, a quarta maior processadora de pagamentos do Brasil. As informações são do jornal Wall Street Journal.

A Stone havia feito seu IPO – sigla em inglês para “Oferta Pública de Ações” – na semana passada na Bolsa de Nova Yotk e suas ações subiram cerca de 30% em seus dois primeiros dias de negociação na bolsa, com os papeis valendo US$ 31,09. A Berkshire indicou um interesse em comprar até 14,2 milhões de ações da empresa ao preço de oferta de US $ 24, fazendo com que seu investimento valesse até US$ 440 milhões até o preço de fechamento da última sexta-feira (26/10).

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“Vimos a Berkshire como um investidor de longo prazo”, disse Thiago dos Santos Piau, CEO da Stone, em entrevista. A negociação foi liderada por Todd Combs, um dos gerentes de portfólio da Berkshire. O fundo foi apresentado à Stone pelos acionistas da Madrone Capital Partners, uma empresa de investimentos afiliada aos herdeiros do fundador do Walmart Inc., Sam Walton, e do T. Rowe Price Group.

Procurado pelo Wall Street Journal, Buffett não quis comentar o acordo com Stone. “É um negócio que pertence totalmente ao Todd [Combs]”, disse Debbie Bosanek, assistente de Buffett, por email. “Ele nunca comenta sobre qualquer coisa que Todd faça. Eles têm autonomia total ”.

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Em crescimento

Trabalhando com pequenas máquinas que realizam transações comerciais via cartão para varejistas e profissionais de todos os portes, a Stone tem entre seus concorrentes, empresas como a PagSeguro, Cielo, GetNet entre outras. Para alavancar seu crescimento, a companhia adota uma política agressiva de preços, cobrando taxas menores por transação e também na compra das chamadas “maquininhas” de cartão de crédito, débito e alimentação.

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A empresa foi fundada por Andre Street, 34 anos, e Eduardo Pontes, 39. Com o IPO, a fatia da dupla passou a valer US$ 2,8 bilhões. Segundo Relatório de Pagamentos Mundiais da Capgemini SE, o Brasil é o maior país da América Latina em pagamentos digitais. Esse método de transação deverá cerscer 10,5% ano ano até 2020.