Para impedir que posts patrocinados interfiram com as eleições de países democráticos, o Facebook pode estar prestes a adotar uma tecnologia “retrô”. A empresa deve usar correspondências para comprovar a identidade de anunciantes.

Nesta semana, a polícia federal dos Estados Unidos acusou formalmente 13 cidadãos russos e três empresas russas de terem conduzido uma “conspiração” para interferir nas eleições norte-americanas de 2016 comprando anúncios em redes sociais.

Os anúncios atacavam certos candidatos à presidência, com o objetivo de manipular a opinião pública, muitas vezes através de notícias falsas. O Facebook levou algum tempo para admitir, mas acabou assumindo parte da culpa por ter facilitado esse tipo de interferência.

De acordo com a Reuters, Katie Harbath, diretora global de política do Facebook, disse que a empresa deve enviar cartas com códigos especiais a qualquer pessoa que queira pagar para promover um anúncio a respeito de algum candidato em 2018.

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Segundo Katie, as cartas serão usadas somente para confirmar a identidade e o endereço de anunciantes que citarem nominalmente algum candidato às eleições parlamentares deste ano nos EUA. Posts patrocinados a respeito de temas genéricos não passarão por esse processo.

A ideia é que o anunciante receba, no endereço informado à rede social, um código que libere a postagem do conteúdo patrocinado no feed do Facebook. Katie, porém, admite que a estratégia “não vai resolver tudo”, sem informar quando o envio das cartas deve começar.

Embora o Brasil também tenha eleições agendadas para 2018, o novo método de autenticação de anúncios do Facebook só será utilizado nos Estados Unidos. Pelo menos por enquanto.