Uma denúncia apresentada à Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) acusa o Facebook de divulgar, indevidamente, dados sensíveis de saúde de integrantes de grupos. A queixa, arquivada no órgão norte-americano no mês passado, foi divulgada publicamente hoje.

Segundo reportagem do The Verge, o caso veio a público pela primeira vez em julho. Na ocasião, participantes de um grupo fechado do Facebook para mulheres com mutação no gene BRCA (relacionada ao surgimento de tumores) descobriram funcionalidades nocivas à privacidade. Informações sensíveis, como nomes e endereços de e-mail, podiam ser baixadas em massa, tanto manualmente quanto por uma extensão do Google Chrome.

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À época, o Facebook promoveu mudanças na aplicação ‘Grupos’ para eliminar essas atividades. A empresa fez questão de reforçar que a ação não tinha qualquer conexão com as preocupações levantadas pelo grupo feminino. Além disso, afirmou que o acesso a esses dados não se configura como falha de privacidade, já que há a opção de tornar um grupo “secreto” — mais inacessível e mais seguro.

O argumento contrário é de que o Facebook falhou em deixar claro quais dados pessoais os usuários podem estar oferecendo de bandeja quando entram em um grupo. A queixa defende que ainda é muito fácil coletar informações em um grupo. Para eles, mesmo que a rede social tenha alterado o procedimento de visualização de dados pessoais recentemente, o cuidado é insuficiente.

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O Facebook não respondeu imediatamente a um pedido de comentário do The Verge. A empresa já negocia uma multa multibilionária com a FTC em razão de lapsos de privacidade.

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