O Facebook é a maior rede social do mundo com mais de 2 bilhões de usuários mensais ativos. Em apenas 15 anos, um pequeno projeto iniciado no quarto de um estudante universitário dos Estados Unidos se transformou em uma das ferramentas mais poderosas e usadas ao redor do planeta, gerando bilhões em lucros para seus acionistas e redefinindo como é feita a comunicação no século 21.

Mas como isso tudo começou? O que fez o Facebook se tornar um gigante global? Quais são os principais recursos oferecidos pela rede social para manter usuários conectados por tanto tempo? O Olhar Digital preparou um artigo com a história, curiosidade, principais recursos e muito mais sobre a plataforma criada por Mark Zuckerberg.

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Talvez você conheça ao menos o básico da história do Facebook. Então estudante de Harvard, uma das mais prestigiadas universidades do planeta, Mark Zuckerberg criou uma plataforma com o objetivo de se conectar a outros estudantes. O projeto cresceu, passou a aceitar membros de todas as partes do planeta, se tornou uma das maiores empresas do mundo, e, na década seguinte, transformou as comunicações interpessoais globais. Ao mesmo tempo, a companhia se envolveu em uma série de polêmicas envolvendo privacidade e dados pessoais de usuários.

Abaixo você vai saber como isso aconteceu em mais detalhes, além de entender como funcionam alguns dos principais recursos oferecidos pelo Facebook a seus usuários. Confira o especial que o Olhar Digital preparou sobre a rede social:

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Facebook: a história da rede social

Thefacebook, o início

Nascido em White Plains, um subúrbio de Nova York, nos Estados Unidos, em 14 de maio de 1984 Mark Elliot Zuckerberg foi iniciado no mundo da programação aos 11 anos e desde cedo demonstrou bastante facilidade com o tema. Após se formar em uma escola de elite, ele se tornou estudante da Universidade de Harvard.

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Em 2003, uma brincadeira de Zuckerberg fez um grande barulho: ele lançou um site chamado “Facemash” que permitia que outros estudantes de Harvard avaliassem a beleza de colegas e criassem rankings entre eles. O experimento não caiu muito bem, e Zuckerberg correu risco de ser expulso da universidade. Ele acabou pedindo desculpas publicamente pelo Facemash e seguiu em frente para o próximo projeto, que transformaria de vez a sua vida.

Meses após o caso do Facemash, Zuckerberg lançou seu novo site: o Thefacebook era voltado exclusivamente para alunos de Harvard, e exigia um e-mail da universidade para cadastro. A plataforma era basicamente a mesma do Facemash, e era possível criar um perfil com uma foto e interesses pessoais, e se conectar a outras pessoas com gostos similares (ou não). Em um mês, 50% dos estudantes da universidade já tinham perfil no Thefacebook, mostrando um potencial imenso e que foi muito bem explorado nos anos seguintes.

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No fim de 2004, o Thefacebook passou a aceitar estudantes de outras universidades dos Estados Unidos e do Canadá. O alto potencial de sucesso da plataforma atraiu investidores, e ao longo de 2005 Zuckerberg fechou uma série de acordos para levantar fundos para seu projeto. Em agosto do mesmo ano, o “The” foi removido do nome, e a rede social passou a se chamar apenas “Facebook” e também a aceitar estudantes de ensino médio e funcionários de algumas empresas.

A maior rede social do mundo

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A partir do momento em que o Facebook passou a aceitar qualquer pessoa, o crescimento da plataforma foi explosivo: em dezembro de 2006, eram 12 milhões de usuários registrados. Em outubro de 2007, a rede social já tinha 50 milhões de membros.

Zuckerberg abandonou a Universidade de Harvard para se concentrar no desenvolvimento do Facebook. A rede social passou a ganhar diversos novos recursos que se mantém até hoje – o mural (atual página de perfil), o chat (atual Messenger). As Páginas foram criadas para perfis empresariais, já preparando o terreno para a futura monetização da plataforma.

A quantidade de usuários seguiu em uma expansão impressionante durante a segunda metade da década de 2000. Em agosto de 2008, o Facebook atingiu 100 milhões de usuários. Em abril de 2009, já eram 200 milhões. Em setembro do mesmo ano, eram 300 milhões.

Em dezembro de 2009, um dos marcos mais importantes do Facebook foi atingido – e ele é mantido até hoje. Com 350 milhões de usuários registrados e 132 milhões de usuários mensais ativos, o Facebook se tornou a maior rede social do planeta. A partir daí, o tamanho da empresa só cresceu, assim como a sua influência em toda a sociedade. Nos anos seguintes, o Facebook partiu às compras.

Instagram e WhatsApp: as grandes aquisições

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Os primeiros anos da década de 2010 foram marcados por grandes aquisições do Facebook. O cenário da internet global mudou bastante desde os tempos de universidade de Zuckerberg: o computador tinha deixado de ser o principal dispositivo usado para acessar a internet. O celular, aparelho que está sempre no bolso das pessoas, ganhou potência com a ascensão dos smartphones. O Facebook precisava acompanhar essa mudança e passou a apostar cada vez mais no mobile – inclusive ao lançar uma versão mais leve chamada Facebook Lite.

As duas principais aquisições dos anos seguintes tiveram como objetivo ampliar a presença do Facebook no mundo mobile. Em abril de 2012, uma rede social voltada para compartilhamento de fotos e que ganhava bastante popularidade pelo mundo foi adquirida por US$ 1 bilhão: o Instagram. Em 2014, foi a vez do mensageiro mais usado no Brasil: o WhatsApp foi comprado por US$ 19 bilhões em fevereiro daquele ano.

O Facebook também investia em novas formas de levar conteúdo até usuários. O feed de notícias da rede social se tornou um “jornal personalizado” para cada usuário, com recomendações de notícias de acordo com interesses das pessoas. O que pareceu interessante em um primeiro momento, acabou criando problemas bem graves para o Facebook nos anos seguintes.

Fake news, interferência política e escândalos de privacidade

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Após explodir em crescimento ao longo dos dez primeiros anos, o Facebook passou a ser duramente criticado e frequentemente questionado pela influência da rede social na vida das pessoas. Mais do que ser simplesmente uma plataforma para compartilhar informações com amigos e parentes, a rede social ganhou importância no cenário político e passou a ser usada inclusive para manipulação em resultados eleitorais.

O uso do Facebook para disseminar informação também foi usado maliciosamente, e a rede social se tornou uma plataforma bastante usada para espalhar desinformação – as chamadas fake news. Sites que pareciam supostamente legítimos postavam notícias que mexiam com as emoções das pessoas – incentivando usuários a compartilharem com amigos.

O problema é que muitas vezes essas notícias eram falsas, ou apenas exageradas. O impacto disso na sociedade foi imenso. O Facebook não foi capaz de conter a desinformação e as coisas saíram do controle. Grupos se especializaram em usar a rede social para espalhar mentiras e moldar narrativas de acordo com interesses pessoais.

A questão da influência política ficou ainda mais grave quando, após o resultado da eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos, diversas denúncias de uso do Facebook para manipular opinião pública surgiram. Relações entre a campanha vitoriosa de Donald Trump e a ação de hackers russos no Facebook passaram a ser denunciadas, e, para muita gente, Trump só foi eleito graças à dificuldade do Facebook em impedir o uso da plataforma para manipular pessoas.

Em 2018, o Facebook se envolveu em uma série de escândalos envolvendo a privacidade de usuários. O maior deles foi o da Cambridge Analytica, uma empresa de consultoria política que teria acessado dados do Facebook indevidamente e criado “perfis” políticos, usados depois para direcionar publicações e auxiliar na campanha de Donald Trump. Meses depois, um vazamento atingiu 30 milhões de usuários, e diversas pessoas ainda tiveram fotos acessadas indevidamente.

Assim, após uma década de crescimento exponencial, o Facebook ficou tão grande que a sua influência na sociedade já não pode ser mais ignorada. Cada vez mais governos e órgãos reguladores vão atrás da rede social para tentar conter seu poder. O que começou em um quarto estudantil em uma universidade norte-americana se tornou a maior e mais importante ferramenta de comunicação interpessoal do mundo em apenas 15 anos.

Dicas: saiba como aproveitar melhor o Facebook

Convenhamos: é impossível não se sentir um pouco paranoico depois de todas as questões de privacidade e vazamento de dados em que o Facebook se meteu. De qualquer forma, a plataforma social ainda está forte, com muitas pessoas participando ativamente nela. Portanto, vamos listar algumas dicas essenciais para ajudar você a se proteger na por lá.

1. Faça o download dos seus dados do Facebook

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Como você provavelmente sabe, o Facebook tem estado no centro das atenções recentemente por todas as razões erradas, o que levou a um enorme sentimento de desconfiança e raiva em relação empresa. Naturalmente, ações estão sendo postas em prática para tentar fazer as coisas certas. Um pouco tarde demais, talvez? Portanto, é bom se prevenir.

Uma característica bem-vinda da rede social é a capacidade de baixar seus dados. Isso é algo que você pode fazer facilmente através do aplicativo.

Para isso, vá para Configurações. Clique em “Suas informações do Facebook” e, em seguida, escolha “Baixar suas informações” para fazer uma cópia dos seus dados . Você pode escolher o que deseja baixar: mídias, comentários, publicações, páginas que curtiu (a lista é imensa) ou pode escolher simplesmente tudo.

Também é possível selecionar um intervalo de datas. Se fizer isso, o download pode demorar cerca de meia hora ou mais, dependendo do seu nível de interação. Mas, com o arquivo em mãos depois do download, você pode revisar todas suas publicações, desde o dia em que se inscreveu na rede social.

2. Revise sua privacidade

Não há melhor momento para fazer uma verificação de privacidade. Além de marcar quem pode ver suas postagens e informações, você também pode conferir em quais outros aplicativos você está conectado via Facebook. Eu fiquei surpreso ao me ver conectado a diversos apps que eu nunca tinha ouvido falar. E a boa notícia é que podem ser facilmente removidos usando o menu.

Vá para Configurações; Toque em “Privacidade”; agora escolha um dos itens que deseja ver e inicie o processo.

3. Limite suas postagens antigas

Se você usa o Facebook há muito tempo, é possível ter inúmeras postagens e uma lista de amigos, incluindo pessoas que você nem conhece, velhos amigos, ex-colegas, familiares e assim por diante. Por isso, é útil revisar as configurações a seguir.

Clique em configurações e vá até Privacidade. Agora escolha o item “Limitar o público para publicações que você compartilhou…”. Agora pode ativar a revisão de tags antes que elas apareçam na linha do tempo, além de limitar as postagens anteriores de uma só vez, caso você tenha algumas postagens públicas escondidas em algum lugar.

4. Desativando o reconhecimento facial

Você pode até não saber que esse “recurso” existe. O Facebook afirma que o reconhecimento facial é utilizado para combater perfis falsos ou para alertar os usuários quando uma nova foto / vídeo foi carregada, mesmo que eles não tenham sido marcados. No entanto, é difícil confiar na rede social com dados tão sensíveis, considerando os constantes escândalos e vazamentos de privacidade em torno da empresa. Veja como desativar essa funcionalidade:

No desktop, clique em Configurações e, no menu da esquerda, escolha “reconhecimento facial”. Agora basta escolher a opção não.

No app do smartphone, o caminho é um pouco diferente: Toque no botão Menu (3 linhas horizontais) que está no canto superior direito. Role para baixo até “Configurações e privacidade”. Selecione Configurações. Role para baixo até a seção Privacidade e toque em Reconhecimento facial. Agora selecione a opção “Não”.

5. Crie alertas de login

Se você está preocupado com a possibilidade de alguém invadir sua conta, configure alertas de login com apenas alguns cliques para ficar em paz. Ao clicar em “Configurações”, escolha a opção “Segurança e login”, no lado esquerdo da tela. Agora, role para baixo até aparecer a opção “Receber alertas sobre logins não reconhecidos” e escolha como você deseja receber as notificações.