Disney e Netflix comunicaram, com apenas algumas horas de diferença, que podem parar de fazer filmes e séries no estado de Geórgia se a lei que proíbe o aborto for aprovada. Localizado mais ao sul dos EUA, o estado recebeu a gravação de longas como Vingadores e Stranger Things.

A lei, se aprovada, impede que as mulheres façam o procedimento assim que um médico encontrar o batimento cardíaco do feto. A proibição é controversa, especialmente considerando que a detecção de batimento cardíaco pode ocorrer tão cedo quanto seis semanas após a gravidez, quando muitas mulheres nem sequer sabem que estão grávidas.

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O presidente-executivo da Walt Disney, Bob Iger, disse à Reuters na quarta-feira (29) que seria “muito difícil” continuar filmando no estado. A empresa já gravou lá “Pantera Negra” e “Vingadores: Ultimato” e esse seria um duro golpe para os esforços da Geórgia de criar empregos na produção. Iger afirma, ainda, que a companhia quer “trabalhar no estado, mas teremos que atender às solicitações nesse sentido. Neste momento, lidamos com isso com muito cuidado”.

Já a Variety publicou declarações de Ted Sarandos, diretor de conteúdo da Netflix. “A Netflix reconsideraria seus investimentos na Geórgia se a lei entrar em vigor. Temos muitas mulheres que trabalham em produções no estado, cujos direitos, com o de milhões de outras, serão severamente restringidos por essa lei. Como a legislação ainda não foi implementada, continuaremos a filmar lá, além de apoiar parceiros e artistas que optarem por não fazê-lo.”

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No caso da Netflix, as declarações ocorreram depois que a organização soube que duas das estrelas de suas séries, Jason Bateman, de “Ozark”, e Alyssa Milano, de “Insatiable”, disseram que parariam de filmar no estado se a lei entrasse em vigor.

A Geórgia oferece crédito fiscal, o que atrai muitas produções cinematográficas e de TV. A indústria é responsável por mais de 92 mil empregos no estado, de acordo com a MPAA, e cerca de 455 obras, entre filmes e séries, foram filmadas lá em 2018.

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Via: Gizmodo