Uma pesquisa realizada pela empresa Recorded Future revelou que a Bitcoin está perdendo espaço como a “moeda favorita dos cibercriminosos”. De acordo com a pesquisa, que analisou mais de 150 dos maiores mercados e fóruns da deep web, o aumento da popularidade da moeda fez com que ela se tornasse pouco viável para transações escusas. 

Mais especificamente, o fato de que a moeda se tornou tão popular fez com que os custos de uma transação em Bitcoin aumentassem cerca de dez vezes. Com isso, em alguns casos, cerca de 30% que o dinheiro que cibercriminosos arrecadavam acabava indo para cobrir os custos da transação. E, além disso, o tempo para que cada transação fosse processada também aumentou muito, o que dificultava, por exemplo, a operação de “ransomwares”, segundo o CNET.

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A próxima moeda do crime

De acordo com a Recorded Future, a Bitcoin ainda é a principal criptomoeda usada por cibercriminosos. No entanto, isso deve mudar nos próximos seis a 12 meses. Ainda não há uma clara sucessora da Bitcoin, mas a empresa acredita que esse espaço deverá ser preenchido ou pela Dash, ou pela Litecoin (moedas menos populares que funcionam de maneira semelhante à Bitcoin). 

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Entre os cibercriminosos, também não há consenso sobre qual é a melhor moeda para se usar em suas transações. Uma enquete feita em um dos fóruns analisados pela empresa colocou seis opções de voto, e teve uma margem bastante pequena entre as principais escolhidas. A moeda Monero ficou em primeiro lugar, com 21,82% dos votos, seguida pela Dash (20,61%) e ether (19,39%).

Segundo um dos membros mais ativos e respeitados de um site russo, os cibercriminosos estadunidenses estão gradualmente mudando para Dash, enquanto os europeus estão indo para a Monero. Outro membro ativo opina que “a regra é que qualquer moeda que for usada pelos traficantes se tornará uma moeda popular, e eles já estão mudando para a Dash”.