A cada segundo de 2018, um novo celular foi ativado no Brasil. Esses são os números divulgados pela Associação Brasileira de Telecomunicações. O crescimento do setor significa em 27,5 milhões de novos chips 4G —  no total, são 130 milhões de celulares de quarta geração em operação no País.

Em comparação com 2017, a cobertura de quarta geração cresceu 27%. Além disso, 606 novos municípios receberam as redes 4G, somando 4.429 municípios conectados — onde vivem 95,4% da população brasileira.  Esse número é quatro vezes superior à última obrigação estabelecida nos leilões das licenças de serviços móveis, de 1.079 municípios.

A cobertura de 3G também foi ampliada: agora são 5.385 municípios em que ela está presente. Em 2018, 254 novos municípios receberam as redes de terceira geração —  ultrapassando novamente o estipulado pela obrigação atual de cobertura, que é de 3.917 municípios.

Os acessos à internet via rede móvel no Brasil batem os 204 milhões. Se considerarmos aqueles fixos e móveis, o país fechou 2018 com 235,4 milhões de acessos — 31 milhões são em banda larga fixa, segmento que cresceu 7,6% em 12 meses.

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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) lembra que estes avanços deram-se “sem aportes de recursos públicos e nem transferência de recursos de setores da economia”. E afirma que “a prioridade absoluta” é reduzir as cargas regulatória e tributária nas telecomunicações. 

E são as tributações o ponto sensível do tema. O Olhar Digital divulgou recentemente um estudo de benchmarking da Anatel, comparando nossos serviços de telefonia móvel com aqueles prestados em 174 países. Aqui temos a maior taxação sobre banda larga fixa e a 4ª maior sobre telefonia móvel.

Para o IPEA, as atividades de telecomunicações geram “riqueza suficiente para autofinanciar sua universalização, com a qualidade desejada pelos consumidores, com sobra de valor adicionado para dotar de recursos orçamentários a União, os estados e os municípios, desde que o volume apropriado com tributos, somado àquele despendido no cumprimento de obrigações questionáveis, seja reduzido do patamar atual”.