Uma equipe de astrônomos da Universidade de Columbia, em Nova York, divulgou nesta quarta-feira, 3, a descoberta de indícios do que parece ser uma lua fora do Sistema Solar. Se os dados forem confirmados, será o primeiro satélite natural detectado na órbita de um exoplaneta.

Cientistas já catalogaram centenas de planetas ao redor da galáxia, circulando as mais diversas estrelas. Mas nunca foram capazes de detectar se havia alguma lua na órbita de algum deles. Desta vez, as evidências são promissoras.

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O astro em questão está na órbita de um planeta gigante e gasoso, semelhante a Júpiter, localizado a cerca de 4.000 anos-luz de distância da Terra. O planeta, por sua vez, gira em torno da estrela Kepler-1625, que fica na constelação do Cisne (Cygnus).

Alex Teachey e David Kipping, os autores do estudo que detalha a descoberta, explicaram que é difícil confirmar a existência de um satélite natural em um exoplaneta porque estes astros são bem menores do que os respectivos planetas.

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Além disso, planetas fora do Sistema Solar são identificados quando formam uma sombra sobre as lentes dos telescópios da Terra, no momento em que passam na frente de suas estrelas. Como planetas não têm luz própria, é difícil enxergar a sombra deixada por uma lua.

Os cientistas usaram os satélites Hubble e Kepler para observar o que parecia uma sombra deixada por um objeto bem menor que um planeta em frente à estrela Kepler-1625. A observação foi breve e não pode ser reproduzida mais de uma vez, e por isso a existência da “exolua” não foi confirmada.

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Os cientistas esperam confirmar a descoberta desta nova lua ao longo dos próximos meses, a partir de observações mais detalhadas. Eles também pretendem usar o telescópio James Webb para detectar outros astros menores pelo espaço, como planetas rochosos e mais satélites naturais.