Se você costuma usar o seu smartphone para acompanhar seu desempenho enquanto se exercita, provavelmente já ouviu falar do Strava, um app que registra seu trajeto e permite o compartilhamento das informações da sua corrida ou pedalada. O que você provavelmente não imaginaria é que esse aplicativo viria a revelar a localização de bases militares secretas dos Estados Unidos.

O caso começa em novembro do ano passado, quando a Strava resolveu liberar um mapa anonimizado que registra todas as corridas feitas utilizando o aplicativo. O conceito é inocente quando realizado no meio de uma cidade como São Paulo ou Nova York, que mostram como áreas completamente iluminadas no mapa. No entanto, quando o aplicativo destaca áreas isoladas no meio de lugares como Síria e Iraque, o problema fica mais evidente.

O aplicativo por si só talvez não tenha a culpa completa neste caso. O Strava não envia sua localização automaticamente para seus servidores, ficando a cargo do usuário definir se ele gostaria de enviar esses dados para a nuvem. Isso significa que militares que não deveriam estar compartilhando suas informações de GPS acabaram informando sua localização inadvertidamente.

Quando o mapa mostra localizações de bases já conhecidas, não chega a ser exatamente um problema, ainda que a prudência determine que militares provavelmente não deveriam estar usando serviços de compartilhamento de localização em qualquer ocasião. No entanto, existem algumas áreas bastante suspeitas como a destacada no tuíte abaixo, que é completamente deserta no meio do Iêmen quando vista pelo Google Maps, mas que aparece iluminada pelo Strava.

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Como nota o Business Insider, os EUA não são os únicos afetados pelo mapa da Strava. Corredores chineses também iluminam o mapa no meio do Mar do Sul da China e o mesmo acontece com trabalhadores em bases secretas em Taiwan.