Cidadãos norte-americanos e visitantes canadenses podem agilizar a sua entrada nos Estados Unidos. Embora não seja novo, o Mobile Passport Control (MPC) é o primeiro aplicativo autorizado pela CBP (Customs and Border Protection – Proteção Aduaneira e de Fronteiras dos EUA) para que viajantes qualificados com um smartphone ou tablet enviem suas informações de passaporte e respondam perguntas relacionadas à inspeção do CBP antes da inspeção do CBP. Em outras palavras, o serviço oferece aos viajantes acesso a uma via expressa de proteção alfandegária e de fronteira dos EUA, levando você até a área de retirada de bagagem em questão de minutos.

O aplicativo não requer pré-aprovação e é gratuito para uso, basta inserir as informações do seu passaporte, tirar uma selfie e responder às mesmas perguntas que você encontra no quiosque de alfândega padrão. Rápido e gratuito (a menos que opte pela opção premium), ele existe graças a Hans Miller.

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Em resumo, após dia 11 de setembro, Miller foi convidado a ajudar a construir uma nova agência governamental chamada Administração de Segurança de Transporte. No passado, ele e o parceiro de negócio Adam Tsao trabalharam juntos implementando cartões de embarque móveis. E em 2009, ambos levaram mais uma ideia ao governo norte-americano: o Mobile Passport Control (MPC).

O aplicativo criado pela dupla simplifica o processo de inspeção do viajante e permite que os funcionários do CBP se concentrem mais na inspeção e menos nas funções administrativas. Menos espera na fila do balcão para o check-in.

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Desde o seu lançamento – no aeroporto de Hartsfield-Jackson, em Atlanta – o serviço se expandiu para 30 locais com mais de 7 milhões de membros. Disponível tanto para aparelhos Android quanto para iOS, o Mobile Passport foi projetado para ser o mais fácil possível. Não há entrevistas nem formulários longos para atrasar o usuário, que pode completar o processo em segundos.

O que é mais reconfortante do que o serviço ser rápido de baixar e fácil de usar é que, diferentemente de muitos outros aplicativos gratuitos, o Mobile Passport não gera receita vendendo dados do usuário.

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“Nunca, nunca será. Na verdade, nem sequer temos capacidade técnica para ver seus dados. Todas as informações pessoais são armazenadas apenas no telefone. A única chave para desbloquear essa criptografia é com o consumidor. Não há acesso de administrador”, explica Miller. Então de onde vem a receita do aplicativo? Do seu serviço premium, que cobra US$ 15 por ano. A versão permite que os usuários armazenem suas informações para o próximo uso. Uma assinatura abrange o serviço para vários membros da família também.

Apesar do Mobile Passport tenha sido usado cerca de 12 milhões de vezes desde a criação, o número é ínfimo se comparado à quantidade de pessoas que voam anualmente. Segundo dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo, somente em 2017, foram 4,1 bi.

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Empresas como a Airside Mobile se prepara para lançar um produto biométrico, o qual permitirá que os viajantes descartem cartões de embarque e IDs. Em contramão ao crescente sistema de reconhecimento facial em aeroportos, que atualmente enfrenta uma reação negativa da população, a opção de Miller é menos intrusiva.

“As pessoas estão preocupadas com a privacidade, e com razão. Estamos lançando um produto que permite ao viajante armazenar sua foto de referência e conceder acesso por um período limitado de tempo em um local específico”, pondera Miller.

No entanto, ele garante que o resultado será uma experiência biométrica perfeita, sem que os viajantes tenham que se preocupar em perder o controle sobre seus dados.

Como funciona?

Após o download do aplicativo (disponível no Google Play Store e na Apple App Store), os viajantes serão solicitados a criar um perfil por meio com as informações do passaporte. O perfil inclui o nome, sexo, data de nascimento e país de cidadania. Após o desembarque nos Estados Unidos, será necessário completar a seção “Nova Viagem”, selecionando o aeroporto de chegada e a companhia aérea, tirando uma foto e respondendo a uma série de perguntas relacionadas à inspeção do CBP. Assim que o viajante enviar sua transação por meio do aplicativo, este receberá um recibo eletrônico com um código QR (Quick Response) criptografado. Os viajantes então levam seu passaporte e dispositivo móvel com o recibo digital com código de barras a um funcionário da CBP para finalizar a inspeção para entrar nos Estados Unidos.

 Via: The Washington Post/U.S. Customs and Border Protection