O Comitê de Uso do Espectro e de Órbita (CEO) da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abriu no fim de agosto uma consulta pública a respeito dos futuros leilões das faixas de 2,3 GHz e 3,5 GHz no Brasil. É por meio dessas frequências que deve chegar o 5G.

“A faixa de 2,3 GHz é uma faixa de destacada harmonização mundial para o IMT [Telecomunicações Móveis Internacionais, na sigla em inglês], enquanto que a faixa de 3,5 GHz é tida por muitos como a porta de entrada para as redes de altíssima velocidade da quinta geração de telefonia móvel”, explica o CEO.

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Os padrões para a internet móvel 5G começaram a ser definidos neste ano e já existem empresas de telecomunicações preparando a infraestrutura para essa tecnologia mundo afora. Marcas de smartphone como Motorola e LG também já anunciaram que estão preparando celulares compatíveis.

O 5G promete acesso até cinco vezes mais rápido às redes móveis do que o LTE Advanced (também chamado de 4,5G). Além disso, não serão apenas smartphones os beneficiados. Carros autônomos e diversos dispositivos conectados também estão no horizonte de aplicações para a tecnologia 5G.

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A consulta pública (CP) nº 29/2018 conta com 13 perguntas relacionadas à utilização dessas duas frequências. A Anatel quer saber a opinião de membros da sociedade civil sobre como as faixas deverão ser exploradas e partilhadas entre as empresas.

“As perguntas discutem de forma aberta desde aspectos de modelagem da futura licitação do direito de uso dessas faixas – tais como blocos, arranjos, distribuição geográfica e contrapartidas a serem exigidas das proponentes vencedoras – até possíveis medidas, tanto preventivas quanto corretivas, para mitigar eventuais interferências prejudiciais entre os sistemas de radiocomunicação dos usuários dessas faixas e suas adjacentes”, diz a Anatel.

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Ainda é cedo para ter uma previsão de quando as redes 5G chegarão ao Brasil, mas a consulta pública da Anatel é um primeiro passo nessa direção. Para contribuir com suas opiniões, é só acessar a CP 29/2018 neste link.