Desde que fez sua estreia no Brasil em 2012, a gigante norte-americana Amazon tem sido tímida. A empresa vende, diretamente, apenas livros, o e-reader Kindle e o reprodutor de mídia Fire TV Stick, mas recentemente passou a oferecer indiretamente também eletrônicos por meio de “terceiros”.

Informações da agência de notícias Reuters, porém, indicam que o cenário pode mudar em breve. A publicação afirma que a Amazon “está transferindo as operações logísticas no Brasil para o complexo de galpões da Prologis no município de Cajamar”, a 50 quilômetros da capital de São Paulo.

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Empresas maiores no Brasil, como o Walmart e a Samsung, utilizam galpões no mesmo complexo. A Luft, empresa de logística que já presta serviço para a Amazon no Brasil, também é locatária de espaços no mesmo local, e teria sugerido a mudança à Amazon por uma questão de corte de custos.

“Perdemos um cliente aqui e essa área ficou disponível, então fizemos a conta e preferimos trazer a Amazon para aqui dentro do Cajamar”, teria dito à Reuters um gerente de operações da Luft que pediu para não ser identificado. De qualquer forma, o novo galpão não deve servir só para guardar livros.

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Atualmente, o estoque da Amazon fica num armazém em Barueri (SP) com 12 mil metros quadrados. Um dos novos espaços que a Amazon pode alugar em Cajamar, por sua vez, teria 50 mil metros quadrados. Isso indica que a empresa planeja ampliar o estoque, o que pode significar a venda direta de outros produtos além de livros, como ela já faz no exterior.

Procurada, a Amazon não quis confirmar e nem negar os rumores. A empresa é líder do comércio eletrônico nos Estados Unidos e seu CEO, Jeff Bezos, já ultrapassou Bill Gates como o homem mais rico da história. Além disso, a companhia recentemente chamou a atenção ao inaugurar um “supermercado do futuro”, sem caixas ou filas, nos EUA.