Amsterdã, a capital da Holanda, foi palco na última semana da Funeral Expo 2018, uma feira dedicada ao mercado funerário. Uma invenção apresentada no evento atraiu uma multidão de curiosos: uma “máquina do suicídio”.

É assim que a agência de notícias AFP chamou a Sarco, uma máquina projetada pelo australiano Philip Nitschke. Ele é ativista e defensor do direito à eutanásia, a prática de proporcionar uma morte sem sofrimento a doentes incuráveis.

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A Sarco é basicamente uma cápsula com espaço para uma pessoa, deitada, e que é vedada após a entrada do ocupante. Lá dentro, ele pode pressionar um botão e a cápsula é preenchida com nitrogênio em forma gasosa, que pode matar em minutos.

“Ele ou ela vai se se sentir meio tonto, mas vai rapidamente perder a consciência e morrer”, afirmou Nitschke à AFP. O objetivo da Sarco é o de “oferecer às pessoas uma morte quando elas quiserem morrer”.

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As filas na feira funerária de Amsterdã eram para conferir uma demonstração inofensiva da máquina: uma simulação em 360 graus disponível por meio de óculos de realidade virtual. O primeiro protótipo funcional só deve ficar pronto no fim do ano.

“Eu acredito que seja um direito humano fundamental [escolher quando morrer]. Não é só um privilégio medicinal para quem está muito doente. Se você tem o dom precioso da vida, você deveria poder se desfazer desse dom quando quisesse”, afirmou Nitschke.

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Após a montagem do primeiro protótipo funcional, Nitschke não pretende vender a Sarco. Seu objetivo é colocar os manuais e planos de impressão 3D na internet, de graça, para quem quiser montar uma máquina semelhante por conta própria.