“Fortnite” foi finalmente liberado (ainda em fase de testes) para Android, mas o game não será distribuído pela loja oficial de games e apps do sistema, o Google Play. É tanto que a loja ganhou um alerta especial para informar desavisados.

Se você pesquisar por “Fortnite” no Google Play, o resultado da busca trará a mensagem: “Fortnite Battle Royale da Epic Games, Inc não está disponível”. Em seu lugar, a loja mostra outro game da mesma empresa, o “Battle Breakers”, além de sugerir o concorrente “PUBG”.

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A Epic Games avisou no começo de agosto que “Fortnite” não seria distribuído pela Play Store. Em vez disso, interessados no game deverão ir ao site da empresa e baixar manualmente o APK, arquivo executável que abre o jogo no celular. No momento, o Beta é fechado para usuários com convite.

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A medida incomum visa evitar o pagamento das taxas de 30% que o Google cobra para transações feitas a partir da loja de apps do Android. Cada vez que um jogador compra algo dentro do jogo, o Google fica com uma fatia da venda, e o restante vai para o desenvolvedor. A Epic não quer dividir os ganhos com o Google.

O alerta emitido pelo Google – primeira vez que a empresa faz algo do gênero – serve também para informar usuários vulneráveis a golpes. Desde junho há criminosos distribuindo APKs falsos de “Fortnite” para Android que são, na verdade, vírus. O Google não quer que o mesmo aconteça dentro da sua loja de apps.

Já no iOS, onde o game é distribuído normalmente pela App Store para iPhones e iPads desde março, os 30% cobrados pela Apple podem ter rendido à empresa US$ 54 milhões, de acordo com a empresa de estatística SensorTower. Ao todo, “Fortnite” para iOS, cujo download é grátis, já movimentou US$ 180 milhões em microtransações.

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