A Blizzard anunciou um novo jogo da série “Diablo”, mas não era exatamente o que fãs esperavam. Chamado “Diablo Immortal”, ele promete ter todas as características que tornam a franquia tão adorada, mas agora em celulares em vez de PCs ou consoles.

O jogo está sendo desenvolvido em uma parceria entre a Blizzard e o estúdio chinês NetEase. Ainda não há previsão para o lançamento, mas a Blizzard já abriu registro do modo beta para quem estiver interessado em testar o novo “Diablo” no Android ou no iOS.

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O anúncio foi feito durante a BlizzCon, evento da Blizzard realizado na Califórnia nos Estados Unidos, e a reação inicial dos fãs da série não foi das melhores. Muita gente se decepcionou por “Diablo” ter partido para celulares – gamers esperavam um novo título para PC, ou até mesmo uma remasterização de um game antigo. No YouTube, por exemplo, um dos trailers do jogo tem quase 400 mil reações negativas e apenas 15 mil positivas. O outro tem 10 mil positivas e 157 mil negativas.

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A Blizzard diz ter se surpreendido com a reação ao game, mas defendeu o desenvolvimento dele. “Diablo Immortal” vai ser como um “Diablo” convencional: jogadores vão ter seis classes de personagem para escolher no início, e a jogabilidade vai ser parecida com a encontrada em PCs, mas adaptada para as telas sensíveis ao toque.

O game vai exigir conexão constante com a internet, e jogadores vão poder explorar o mundo virtual em grupos. A Blizzard ainda promete adição constante de novo conteúdo, incluindo missões, classes de personagens, itens e muito mais.

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Fãs da série temem que, por ser um jogo para celulares, “Diablo Immortal” seja cheio de microtransações e obstáculos que forcem jogadores a gastar cada vez mais para avançar dentro do game. Além disso, alguns acusam o jogo de ser uma simples versão modificada de “Crusaders of Light”, desenvolvido pela NetEase.

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A Blizzard se defende das acusações. Ao site Kotaku, Allen Adham, co-fundador da Blizzard, falou sobre alguns dos questionamentos dos fãs. Ele garante que “Diablo Immortal” é um jogo feito do zero, com modelos e arte desenvolvidos especialmente para o game. Sobre as microtransações, ele lembrou que a Blizzard já usa esse modelo de negócios para outros jogos – como “Heroes of the Storm” e “Hearthstone” – e que fãs sabem o que esperar da empresa nesse sentido.

E para acalmar os ânimos dos jogadores, Adham deixou bem claro que o futuro de “Diablo” não está só nos celulares. “A verdade é que temos múltiplas equipes de ‘Diablo” trabalhando em diversos projetos de ‘Diablo’ que ainda não foram anunciados,” disse. Então um “Diablo IV” não está completamente descartado.