Nas últimas semanas, internautas vêm expressando preocupação com a privacidade em aviões, devido à câmera incorporada nas centrais de entretenimento da parte de trás de assentos em algumas linhas aéreas. Em resposta à agitação que o assunto causou, a United Airlines cobriu todas as câmeras dos equipamentos de suas aeronaves.

As câmeras faziam parte das centrais de entretenimento dos assentos premium da companhia. A United cobriu o sensor com adesivos e disse que fará o mesmo com todas as novas poltronas dessa categoria.

Em comunicado enviado ao Buzzfeed News norte-americano, a United disse que, apesar de ter decidido bloquear as câmeras agora, elas sempre estiveram desativadas e o objetivo nunca foi monitorar os passageiros. Acrescentou que o dispositivo é uma característica padrão incluída pelos fabricantes e que a companhia o manteve pensando em possíveis aplicações, como videoconferência.

“Tal como acontece com muitas outras companhias aéreas, alguns dos nossos assentos premium têm sistemas de entretenimento em voo que vêm com câmeras instaladas pelo fabricante”, disse um porta-voz da United Airlines. “Nenhuma dessas câmeras foi ativada e não tínhamos planos de usá-las no futuro. No entanto, demos o passo adicional de cobrir as câmeras”, concluiu.

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A United não é a única linha aérea a ter que lidar com o problema envolvendo as câmeras. A Singapore Airlines também enfrentou recentemente críticas pelo uso da ferramenta nas centrais de entretenimento nos assentos da companhia. O assunto se popularizou depois que um passageiro publicou no Twitter, em fevereiro, uma imagem mostrando uma pequena câmera na tela de uma poltrona da empresa.

A resposta da linha aérea ao tuíte foi a mesma da United: “Essas câmeras foram fornecidas pelos fabricantes originais dos equipamentos. Não temos planos de ativar ou desenvolver recursos usando as câmeras”.

Além da Singapore Airlines, um porta-voz da norte-americana Delta Airlines disse que a empresa adicionou coberturas em todas as câmeras “como uma maneira visível de tranquilizar os clientes”. A companhia reiterou que não tem planos de instalar o software necessário para habilitar a ferramenta.

Da mesma forma, um representante da American Airlines informou ao BuzzFeed News que a empresa “instalará coberturas sobre as câmeras”, que “sempre estiveram e continuarão desativadas”.

Em um momento em que o uso de reconhecimento facial, inteligência artificial, câmeras e métodos de vigilância são motivos constantes de preocupação com a privacidade das pessoas, é de se esperar que empresas aéreas não fiquem isentas de críticas por adotar tecnologias antes de esclarecer, publicamente, o motivo da decisão.

Via: ZDNet