Os desenvolvedores responsáveis pelo software por trás do Bitcoin corrigiram uma falha que poderia ser “mortal” para quem minera a moeda. Identificada como CVE-2018-17144, a brecha deixava os pontos (nodes) que compõem uma rede da criptomoeda vulneráveis a ataques de negação de serviço (DDoS), permitindo que cibercriminosos as “inundassem” com tráfego.

A vulnerabilidade foi encontrada por um programador identificado como Awemany. O trecho problemático foi incluído em março do ano passado no código-fonte do software principal do Bitcoin, no qual as carteiras são baseadas. A aplicação é considerada uma das difícieis de ser hackeada.

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As versões de 0.14.0 a 0.16.2 são afetadas. O risco, no entanto, só é realmente grande para quem ainda minera Bitcoins com certa frequência, já que são eles que mantêm os computadores ligados e trabalhando frequentemente. Os mineradores casuais dificilmente serão afetados pela vulnerabilidade, como os próprios desenvolvedores avisaram.

De toda forma, segundo o site Hacker News, não há relatos de cibercriminosos usando a falha nesse tempo. Isso porque, além de ser uma brecha desconhecida, se aproveitar dela seria bastante custoso: um criminoso precisaria duplicar transações de pelo menos 12,5 BTC (cerca de 332 mil reais, que é o máximo da recompensa do bloco de Bitcoin na blockchain) para realizar um ataque eficaz o suficiente para derrubar o sistema.