Um sistema na nuvem com inteligência artificial (IA) pode ser a solução para as falhas das baterias de veículos elétricos. Esse é o caminho que a Bosch, multinacional de engenharia e eletrônica, pretende seguir. A empresa anunciou nesta terça-feira (9) um serviço para complementar os sistemas de gerenciamento de bateria de carros elétricos, com proteções que diminuem o envelhecimento celular.

O “Battery in the Cloud” (bateria na nuvem, em tradução livre) é capaz de reduzir o desgaste da bateria em até 20% a partir de dados do sistema de energia. A partir da análise contínua do status do componente, da otimização dos processos de recarga e de dicas de conservação de energia (mostradas ao motorista nos monitores no veículo), o serviço preserva o elemento.

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A ideia de conectar o sistema de baterias a infraestruturas na nuvem não é nova, mas a Bosch afirma que sua solução vai além do que já existe no mercado e usa IA para entender o dispositivo de energia. O “Battery in the Cloud” transmite informações do funcionamento da bateria em tempo real (como temperatura ambiente atual e desempenho de recarga) para centros remotos de dados. Lá, os dados são usados para prever a vida útil e o desempenho da caixa de energia.

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Segundo Markus Heyn, integrante do conselho de administração da Bosch, com base em dados é possível melhorar substancialmente o desempenho e prolongar a vida útil das baterias. De acordo com a empresa, o serviço analisa as baterias com eficiência diferenciada porque se beneficia da diversidade de dados de um banco de informações, não de uma bateria isolada. Por isso, o software reconhece e combate fatores de desgaste como carregamento rápido demais, muitos ciclos de recarga, estilos de condução “excessivamente esportivos” e temperaturas muito altas ou muito baixas.

O “Battery in the Cloud” oferece, ainda, proteções para evitar que as baterias sejam carregadas até 100% em condições de superaquecimento ou de frio extremo e notifica os motoristas quando elas exigem manutenção ou reparo urgentes. Além disso, utiliza mecanismos para garantir que os componentes sejam recarregados no “nível ideal”, independentemente da fonte de alimentação. “Baterias potentes com vida útil prolongada tornarão a mobilidade elétrica mais viável”, conclui Heyn.

Via: Venture Beat